O universo cinematográfico é, realmente, surpreendente ao revelar imagens e cenas que podem ser feitas por meio de computação gráfica, como é o caso dos desenhos animados ou a filmagem com atores e ambientes do chamado mundo real — o que inclui a atuação de animais como gatos e, principalmente, cães.
Filmes emocionantes como Marley e Eu, Sempre ao seu lado e Quatro Vidas de um Cachorro são exemplos do protagonismo canino. Para tanto, é necessário uma série de cuidados e uma escolha assertiva no tipo de animal utilizado — que devem ser amáveis e obedientes, características do Golden Retriever, por exemplo.
Ao mesmo tempo, é preciso assegurar o bem-estar e a própria segurança dos pets, pensando tanto em cenas de perseguição e ação quanto em situações em que há grande movimentação de pessoas e maior intensidade de luzes e sons. Com tudo isso em dia, fica mais fácil realizar um bom filme com a presença de animais.
Treinamento por trás das câmeras
Quando assistimos a um filme com um cachorro, tendemos a pensar que as habilidades e os comportamentos são próprios dele. O detalhe é que, para que tais cenas sejam produzidas, é necessário muito treinamento a fim de ensinar os pets a realizar movimentos que vão desde sentar a “dar a patinha”.
Esse treinamento deve ser feito com profissionais especializados em comportamento animal, como adestradores, que indicam os comandos que devem ser feitos pelos pets usando técnicas específicas, a exemplo do reforço positivo com petiscos e afagos.
Antes de entrar em cena, é preciso haver também um preparo específico para que o animal se acostume com as pessoas, os sons, as luzes e o ambiente em que serão realizadas as filmagens. Isso ajuda a manter o pet mais calmo e evitar situações de estresse excessivo durante as cenas.
Lembrando que, para participar de uma obra cinematográfica, de teledramaturgia ou mesmo publicidade, o animal deve estar devidamente vacinado e em bom estado de saúde, incluindo a disponibilidade de água fresca, ração e local adequado para que ele possa fazer suas necessidades básicas.
Porém, nem tudo o que assistimos é 100% real. Em cenas que põem em risco a vida do animal, são usados efeitos visuais que criam imagens fictícias, dublês mecânicos ou CGI (Computer Generated Imagery, as Imagens Geradas por Computador) e chroma key (recurso que permite a substituir uma cor sólida por outra imagem).
Seleção dos atores-pet e raças preferidas para filmagens
Em se tratando da escolha de animais para atuarem em filmes, é preciso dizer que a seleção é feita considerando alguns aspectos básicos, como facilidade em aprender comandos, obediência ao treinador e amabilidade no set. No caso dos cães, há uma preferência por algumas raças que atendem a esses critérios básicos.
O Labrador Retriever, raça que estrela o longa-metragem Marley e Eu, e o Golden Retriever são muito utilizados, especialmente para filmes com enredo familiar, já que têm uma natureza superdócil, aprendendo facilmente os comandos ensinados pelo treinador.
Já para papéis de cães de caça, como perseguição policial e trabalho de buscas e resgates, a preferência é pela raça Pastor Alemão. Quando as cenas se passam em lugares gelados, opta-se por raças como Husky Siberiano, Akita e Shiba Inu — exemplares desses dois últimos atuaram no filme Sempre ao seu lado.
Quando se trata de cães de pastoreio ou mesmo animais que sejam ágeis e inteligentes, o destaque vai para o Collie, presente no clássico Lessie e Um ano de cão. Em filmes cômicos e aventureiros, o Jack Russell Terrier é uma ótima opção, com presença marcada em filmes como Beethoven 1 e 2, Babe 2 e O Máskara.
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